quinta-feira, 30 de julho de 2009

Crepúsculo




Você me ensinou que os crepúsculos são passagens entre os mundos e nossa relação têm sido marcada pela apreciação de alguns maravilhosos. Numa pista de decolagem em São Bento do Sapucaí ou praticamente perdidos em uma estrada de terra entre Gonçalves, todos eles tiveram um significado especial para mim. Mesmo aqui em São Paulo, onde tudo é mais cinza e agressivo, já encontramos um tempo para, no frio da lagoa do Ibirapuera, nos aninhar e observar o devir.
Na estrada eu tive a oportunidade de fotografar esse belo pôr-do-sol e no instante que o fiz lembrei de cada um daqueles outros que assistimos juntos. E agora, com mais um deles em minha mente, tão especial, escrevo com o desejo perene de que apreciemos muitos outros juntos, independente de onde estejamos. Afinal, não importa quantas milhas separem nossos corpos esse momento de contemplação estará marcado no meu coração. E quando o Sol, que afinal será sempre o mesmo, para mim e para você, se esconder no horizonte eu lembrarei que um dia uma mulher especial celebrou essa transição entre mundos ao meu lado.

domingo, 26 de julho de 2009

Da benção de existir




Ela demonstrou tanto prazer
Em estar em minha companhia
E eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem

E ela me faz tão bem
E ela me faz tão bem
Que eu também quero
Fazer isso por ela


Comece agradecendo. Confie que virá. Vibre o sentimento de já ter aquilo que deseja.
Não o chamo de Segredo, já que nos foi Revelado. É mais como uma fórmula, simples, mas ainda assim uma fórmula. Tudo aquilo que você quer já existe no Espírito, nas Idéias.
É assim que eu me sinto hoje, neste primeiro dia desse novo Ciclo. Agradeço por aquilo que está por vir e por aquilo que já "acesso". E me sinto muito bem!

sábado, 25 de julho de 2009

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando em cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo tanto



Qual é a minha de não dizer abertamente aquilo que meu olhar já diz há um tempinho? Ainda o receio de te assustar, de não querer que esse momento mágico que estamos passando se desfaça em função do "peso" - aqui eu prefiro o termo "Força"- da palavra?
Então é isso. Eu sou o cara que gosta das palavras. E aqui, em um quarto de hotel em Ouro Branco, enquanto você trabalha neste festival maravilhoso que está me libertando de tanta coisa, eu desejo, preciso dizer que te amo.
Tanto...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Pra nunca ser melancólico...



Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus



Sabe porque a gente acaba gostando dessa música? Porque ela incomoda. Acabamos por nos identificar com seu eu-lírico. Estamos sempre nos desculpando com nossos amigos, aqueles a quem eu chamo de "família energética", por não criarmos oportunidades de estarmos juntos. Esse post é um lembrete para mim mesmo, uma espécie de capsula do tempo, para ser resgatada sempre que eu me lembrar de ser melancólico.


A imagem é pra dar um pouco de risada no processo, lembrando Calvin & Hobbes e Naruto ao mesmo tempo...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

De ultima hora...

Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só pra ver o meu amor

Ela vem toda de branco
Toda molhada e despenteada
Que maravilha
Que coisa linda é o meu amor

Por intrebancários, automóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando sem cessar
Ela vem chegando de branco, meiga, linda, pura e muito tímida
Com a chuva molhando o seu corpo
Que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua, do mundo, no meio da chuva
A girar
A girar
A girar




Que venha a chuva, o vento, o frio!!!! Não temo os simples obstáculos que por vezes tentam pontuar o caminho. No final das contas, só nos lembramos das coisas boas, o que torna nossas percepção do Mal Imediato completamente inútil, ainda que obscura.


ue venha a chuva, o vento, o frio!!!!Mas que venha!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

...aqueles avisos tão graves para mim, eu os recebia perto das vitrines iluminadas, onde os presentes de Natal brilhavam. Ali pareciam estar expostos , naquela noite, todos os bens da Terra- e eu experimentava a embriaguez orgulhosa da renúncia. Era um guerreiro ameaçado: que importavam aqueles cristais cintilantes para as festas da noite, aqueles abajures, aqueles livros? Eu já me banhava nas brumas do céu; eu, piloto de linha, já mordia a polpa amarga das noites de vôo.
Antoine de Saint-Exupéry- Terre des Hommes



Observem o negrito. Essa é a renúncia que pretendo para mim. Eu já disse que esse francês doido sabia das coisas? Aliás, saibam que ele, com a eclosão da Segunda Grande Guerra, o veterano piloto alistou-se imaginando que conseguiria estar nas esquadrilhas contra os aviões alemães. Por sua idade fora designado para lecionar no ensino técnico. Mas não desistiu até conseguir uma autorização para voar. Já no fim do conflito, aos 44 anos, ele sobrevoou o Atlântico pela ultima vez e foi, significativamente abatido por um caça alemão.

Alguns diriam que fora um idiotice de Saint-Exupéry desejar pilotar para a morte. Eu digo que ele fez aquilo para qual ele fora designado fazer. Não por seu país ou exército -já que esses pretenderam lhe negar o direito de voar- mas pelo espírito de sua alma...

É tão bom ter fontes de inspiração como essa...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Das palavras


Como expressar sem parecer que se está pressionando? E até onde o medo de assustar o outro deve impedir de escrevermos aquilo que estamos sentido?
Percebo que minhas "cicatrizes de batalha" por vezes impedem-me de dizer/escrever/gritar tudo aquilo que sinto, nas palavras que foram criadas para vibrar aquilo que sentimos.
Não sou a favor das novilinguas. Acho que elas enfraquecem um povo, minando sua essência, sugando sua alma. Mas as vezes penso que algumas palavras foram feitas para te embaraçar..ou pelo menos a sociedade faz delas um uso indevido, acorrentando-as em energias que não lhes pertencem.

Pense em Amor.

Amor não é aprisionamento. Amor não é compromisso no sentido contratual da palavra. Amor não pode ser confundido, ou sequer misturado pois seria um pecado severo, com qualquer sentimento egoístico.

Amor é afinidade, energia! Amor é focar o outro sem ter que desfocar a vida! É um admirar singelo...

Tá..to viajando. Mas você entendeu o que eu quiz dizer.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rapidinha....rs



De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois...

Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer...

Que vejo flores em você!...



Essa ouvi de manhã, na moto, enquanto vinha no serviço e lembrei das nossas ultimas conversas. Como algumas músicas parecem terem sido feitas para determinados momentos de nossas vidas não é? É isso, bem rápidinha, mas profunda...

Ok, o Mundo é um grande repositório de frases e piadas de duplo sentido...

domingo, 12 de julho de 2009

Una luz...

Para você, uma luz do outro lado do rio...

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

El día le irá pudiendo poco a poco al frío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío



Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

En esta orilla del mundo lo que no es presa es baldío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Yo muy serio voy remando muy adentro sonrío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

Sobre todo creo que no todo está perdido
Tanta lágrima, tanta lágrima y yo, soy un vaso vacío

Oigo una voz que me llama casi un suspiro
Rema, rema, rema-a Rema, rema, rema-a

Clavo mi remo en el agua
Llevo tu remo en el mío
Creo que he visto una luz al otro lado del río

sábado, 11 de julho de 2009

Chuviscada

Drop, drop, drop...
Cai essa chuva danada
Lavando a rua, lavando a escada
De dia, de noite, de madrugada!



É aquele lance de criar um hábito. Confesso que esse tempo frio e chuvoso, a distância e a saudade afastam um pouco a vontade de escrever. A nova leitura da semana, entretanto,tem ajudado. O Aprendizado de Pequena Árvore é um livro incrível e cada lição dos avós cherokee enche o coração de sabedoria e, eventualmente os olhos de lágrimas.


Tudo acaba me levando ao natural, a aquilo que nos é dado por Mon-a-lah, a Mãe Terra. Reparar no movimento das folhagens ao serem atingidas pela gotas da chuva invernal, o cheiro de terra molhada, o pio tímido de um pequeno pardal e o movimento gracioso de um imenso beija-flor atrás de seu alimento. E estando aqui, na cidade, desejo uma montanha, uma lareira, um cenário análogo e você ao meu lado a me acarinhar como só você sabe fazer...

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Carpe Diem!

Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo
reescale as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã.

Horácio-Odes


E não é que foi com esse pensamento que eu amanheci hoje? Uma vontade imensa de aproveitar esse dia lindo, sem culpa de não estar pensando no amanhã. Foi que almocei em casa quando meus pais chegaram com um novo "brinquedo musical" -uma viola caipira, de dez cordas- andei com a Preciosa, curtindo o caminho, tomei um expresso com um bolo de chocolate enoooooorme da Mirella em Ferraz.
Enquanto escrevo aqui da minha varanda a cena chega a parecer bucólica. O Sol se põe nessa cidade-que-nunca-dorme e os pássaros festejam aqui no quintal. Minha mãe tece e o som do dedilhar dos primeiros acordes da viola são ensaiados no quarto.
É tão bom estar vivo!

De um passado distante...e tão atual que dói de lindo




"- Rae! Obrigado por me convidar para a sua festa de aniversário!"





É assim que começa o livro, lembra? E é tão engraçado que você tenha me dado "Longe é um Lugar que não existe" no meu aniversário de 14 anos, numa época em que as coisas estavam ficando conturbadas para mim. E esse livro foi um alento durante tanto tempo que você não deve ter nem idéia. Sabe como somos quando jovens. Acabamos amplificando tudo...e é tão bom!


Hoje eu procurei o exemplar que você me deu,esperando encontrar ainda a dedicatória. Seria maravilhoso contornar as linhas de sua escrita, tocar esse símbolo. Vasculhei a biblioteca de casa, meu quarto, minhas caixas e me entristeci por ter perdido tão valioso presente, bem provavelmente nas mudanças ou na reforma da casa. E depois ri ao lembrar-me do Anel dado à Rae por Richard:


A princípio, pode usá-lo apenas quando está fora de casa, contemplando o pássaro com quem você voa.

Mais tarde, porém, se usá-lo bem, vai funcionar com pássaros que não pode ver, até que finalmente acabará descobrindo que não precisa do anel nem de pássaro para voar sozinho acima da quietude das nuvens.

E quando esse dia chegar, deve dar seu presente a alguém que saiba que irá usá-lo bem, alguém que possa aprender que as coisas que importam são as feitas de verdade e alegria, não as de lata e vidro.




Talvez tenha sido esse o destino daquele livro e espero sinceramente que ele tenha modificado a vida de alguém em algum lugar. Quanto a mim tenho no coração que teu "desejo de felicidade" do passado, representado naquele livro, cumpre-se cada vez que estou contigo agora.

Por isso, transpondo pra nossa realidade atual, agradeço....

"- R! Obrigado por me convidar para a sua festa de aniversário!"

PS: Não é engraçado o fato das iniciais dos protagonistas do livro também serem R & R? Sempre pensei nisso...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Les Rites

No dia seguinte o principezinho voltou.

- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.






Aqui é onde minha personalidade se diverge daquela da Raposa. Ainda que os ritos tenham o poder de nos seduzir por tornarem a vida fácil,uma parte de mim fica futucando "há de se tomar cuidado com a mesmice". Ser o mesmo alguém e criar hábitos, apesar do confortável perigo,é algo que não me seduz. E é aí que eu caio no hábito de não cria-los.Forçar-se a escrever, deixar a preguiça de lado, ser mais participativo, ousado e presente em minha própria vida é um dos hábitos que eu devo- por mim - criar...e manter.




Começarei com o hábito de escrever...



terça-feira, 7 de julho de 2009

Música de Trabalho



Eu te desejo
Não parar tão cedo
Pois toda idade tem
Prazer e medo...

E com os que erram
Feio e bastante
Que você consiga
Ser tolerante...

Quando você ficar triste
Que seja por um dia
E não o ano inteiro
E que você descubra
Que rir é bom
Mas que rir de tudo
É desespero...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar
Prá recomeçar...


Eu te desejo muitos amigos
Mas que em um
Você possa confiar
E que tenha até
Inimigos
Prá você não deixar
De duvidar...

Eu desejo!
Que você ganhe dinheiro
Pois é preciso
Viver também
E que você diga a ele
Pelo menos uma vez
Quem é mesmo
O dono de quem...

Desejo!
Que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor
Prá recomeçar...

Essa é pra você saber que a vida é assim mesmo. Que é um corre-corre danado, mas que devemos estar alertas sempre, sempre e sempre. Tô aqui, na "canoca" da Raposa, como diria meu querido Sam Sam, pra quando estiver bem cansada...rsrsr





De um passado recente...



Não devia ter visto ela dançar. Ao menos não sensível como estou esta noite. Foi como presenciar algo sagrado e ser inundado daquilo. Cada parte do meu corpo desejando correr, enfrentando o frio da noite, libertando-me de mim mesmo... (ou de um "Eu" fictício, criado para proteger-me de um mundo insano com valores deturpados).

Anseio por algo que induza a Fera hibernar. Uma dose de alcool ou tabaco seriam bem vindos. Ao invés disso ignoro o frio do Inverno, como se o Inverno de mim tivesse sido roubado, ofuscado por sua presença radiante.

O que será de mim sem o frio da noite?

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Cativa-me!

E foi então que apareceu a raposa:
- Boa dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

E é assim que eu começo esse novo blog. Novo porque ele vem de uma série de tentativas de expor aquilo tudo que meu coração vibra, sente. Não posso garantir periodicidade. Não garanto nada, a não ser minhas verdades internas. Eu sou assim como a Raposa de Saint-Exupéry, amo ser cativado e até mesmo sofrerei um pouco quando aqueles que o fazem se vão. Mas também como a Raposa passarei a amar o trigo...

É isso por hoje!

Thats all folks!