Da Lua...

Nem sei como escrever. É que eu acho fantástico esse poder que nosso Tempo nos dá para exprimirmos aquilo que nosso peito sente. Telefonar a custo quase zero de Xangai para Sao Paulo, mandar flores remotamente, etc.



Mas ainda assim eu nao deixo de observar a Lua, nem lembrar que em breve ela também passara por ai. Então eu sussurro pra ela um recado pra voce e rezo para que sua voz argentea repasse a mensagem com suavidade...

Nus..

Sempre que te vejo assim
Linda, nua
E um pouco nervosa
Minha velha alma
Cria alma nova
Quer voar pela boca
Quer sair por aí...

E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Ainda não é hora
De partir...

Então ficamos
Minha alma e eu
Olhando o corpo teu
Sem entender...
Como é que a alma
Entra nessa história
Afinal o amor
É tão carnal...

Eu bem que tento
Tento entender
Mas a minha alma
Não quer nem saber
Só quer entrar em você
Como tantas vezes
Já me viu fazer...

E eu digo
Calma alma minha
Calminha!
Você tem muito
Que aprender..

Sim, nua. Porque as vezes você fica assim, nua de alma. Aberta e frágil, influenciada por seus ciclos lunares, você se abre mais ainda, fica exposta aos medos criados por sua mente.
Eu penso que este processo todo é uma dádiva, uns tantos processos sagrados que ocorre no corpo feminino. Uma janela de oportunidade para que você possa, ao final de uma semana, reforçar seus intentos, sua paixões.

Esta semana também me senti nú. Acessei ciúmes, medos e convicções. Também estive em um processo de semi-morte e renascimento e, como sempre, você me lembrou da minha própria importancia. E fez isso de maneira inconsciente. Foi por isso que, ao me falar da sua lua, eu te disse que já sabia que ia acontecer.

Eu realmente nunca poderei- ao menos nessa vida- entender o que acontece por dentro de você. Mas posso estar ao seu lado, te apoiando e te acolhendo. Lembrando o quanto você é linda, forte, competente e sagrada.