segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sensitir..



Quando o filho do filho do pai
Nasceu tão bem
O avô que era pai do seu pai
Foi ver o neném
Ele viu que seu filho sorria
Isso já lhe agradou
Era o filho que o filho queria
E que agora chegou
Tinha um pouco do pai
E mais um pouco do avô

Quando a mãe desse filho do pai
Teve o neném
A avó que era mãe dessa mãe
Não passou bem
Ela via que a filha sofria
Isso lhe dava dó
Mas o filho da filha trazia
Uma alegria só
Tinha um pouco da mãe
E mais um pouco da avó

Muitos tios e tias
Já davam sinais
Que queriam ser os padrinhos
Só falavam desse sobrinho
Muitos outros filhos
Dos irmãos dos pais
Os maiores e os pequeninos
Não tiravam os olhos do primo
Que dormia em paz
Sonhava com os pais
Avós dos pais
E todos ancestrais

Era tanta gente
Não acabava mais
Uns pediam passinho à frente
Tio do tio também é parente
A cidade toda
Veio ver o Tomás
Que nascera, que maravilha
O menino, filho da filha
Que dormia em paz
Sonhava que juntou
Os tios os pais
Com todos os demais


Como tem coisa que que marca a gente! Ontem, durante o show do Chico Saraiva, ele cantou "Baião do Tomás" e na hora e,confesso que mesmo agora enquanto leio a letra, me emocionei muito. Porque foi de uma poesia tão doce, tão simples, que tocou em um algo bem primitivo, da minha natureza, lá dentro.
Música e poesia tem feito a cada dia mais parte da minha vida. Parece que existe toda uma convergência vibracional, uma alteração da percepção do mundo, que se tornou muito mais evidente com o nosso namoro.
São pequenos momentos, quase arte, que ficam na memória. Uma mão sobre o seio, uma mão sobre a outra na estrada ou ouvir uma árvore sobre a montanha.Pequenos momentos, doces, simples... como tudo que é bom na vida.

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